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Mostrando postagens de agosto, 2010
Relâmpago O compromisso esvaiu-se na dúvida, Na prepotência, a humanidade. Diluiu-se a sensibilidade no prazer, O amor no vácuo.

No dia dos pais…

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M emória s (Parte II) Por qual motivo gostamos tanto de cultivar lembranças e alimentar memórias? Esta interrogação acompanhou-me desde quando escrevi a primeira parte destes relatos pessoais alguns meses atrás, e notei que o campo das recordações é muito mais vasto do que nós imaginamos. Se fizermos esforços concentrados, conseguiremos penetrar naqueles mais profundos recônditos da alma e viajar nas nuvens das sensações humanas que com o tempo vamos concebendo, cultivando e arquivando dentro de nós. Apraz-me muito relembrar velhos fatos, acontecidos inesquecíveis, pois são eles que nos explicam tanto do presente e nos orientam para o futuro. São as lembranças que mesmo em momentos tão escuros do hoje nos trazem uma luz radiosa vinda do ontem, e nos enchem de alegria. Se contemplarmos bons e saudáveis momentos e nos alegramos por e com eles, é porque foram marcados por uma presença. E quando existe a experiência da presença em algum momento, noutro com certeza a solidão parecerá equ

O faz de conta que acontece…

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O b ode e o jardi m   Qual a dimensão da sua imaginação? Agora não importa que ela seja grande ou pequena, o que vale é você deixar-se levar pelo espírito da fábula. Aqui não há anões, cigarras, formigas ou grilos falantes. Mas existe uma gota da tonalidade acinzentada do cotidiano que apresenta para você, de forma simples, rápida e fácil, a história de um bode em seu jardim. Mas deixo um alerta: não conte essa história para as crianças. Por não haver fadas, encantos e feitiços, e sim um gosto amargo de realidade, talvez você possa privá-las da esperança de um mundo melhor!   Tudo começou há algum tempo. Havia um pedaço de terra que aos poucos foi sendo cultivado. Ele não ficava muito longe, nem em “tão, tão distante”. Mas as coordenadas geográficas apontavam para bem debaixo de nossos pés. Ora recebia bons tratos, ora era danificado. E assim, em uma gangorra de bons e maus proprietários, durante anos e mais anos, o jardim foi tomando uma forma, recebendo suplementos, aditivos, e