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Mostrando postagens de 2016

Céu e terra trocam seus dons - Reflexão de Natal

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A oração sobre as oferendas da Missa da noite de Natal traz uma profunda riqueza espiritual; a verdade do Natal é dita de forma simples quando anunciamos que na noite de hoje “o céu e a terra trocam seus dons”, seguida de um pedido para que Deus nos dê a graça de “participar da divindade daquele que uniu a vós nossa humanidade”. O céu é a morada do Altíssimo, de lá Ele se levanta para trazer a libertação a seu povo oprimido na terra [1] , enviando seu próprio filho, Deus de Deus e Luz da Luz. Não há falso deus que resista, não há treva que suporte o estupor daquele que sendo Deus ilumina cada recôndito da dimensão humana. Deus mesmo se dá, ele se faz dom. Dom é presente, dádiva, uma doação gratuita, desinteressada, livre de negociações escusas como tão comumente conhecemos hoje. Há gratuidade em Deus! Quando céu e terra trocam seus dons, o céu oferece Deus e a terra, a humanidade. Deus abraça a humanidade e toma a carne miserabilizada pelo pecado, mas sempre dignificada pela su

Donald Trump 2016

A vitória de Donald Trump é muito maior do que parece. Não é a vitória de uma ilusão vendida ao povo do interior nem o fim do mundo, como tantos meios têm pintado por aí. Trump presidente é a derrota da esquerda: além da Casa Branca, os republicanos levam maioria entre os Senadores e Deputados. A Argentina passou por momento semelhante, o Brexit evidenciou tal fato no Reino Unido, logo acontecerá na França e no Brasil. Esse levante à direita é uma resposta ao projeto falido  do socialismo pelo mundo, que durou até durar o dinheiro alheio, como lembrava a Baronesa Thatcher. O dinheiro acabou, a sórdida gastança já incomoda. E o povo sonha em ser grande novamente, ou pela primeira vez. Trump presidente é a derrota da grande mídia: todos caíram com suas pesquisas e projeções furadas, desde a CNN até o NYT. Aqui no Brasil, Globo, Veja (que chegou a anunciar o super favoritismo de Jeb Bush algum tempo atrás) e todos os dominados pela esquerda (desde jornalistas até supostos intelectua

Olhos da coragem

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“Quando perdi a visão, Werner – continuou ela – as pessoas disseram que eu era corajosa. Quando meu pai foi embora, as pessoas disseram que eu era corajosa. Mas não era coragem; eu não tinha escolha. Acordo todos os dias e vivo minha vida. Você não faz a mesma coisa?” (p. 468) Se Liesel Meminger me ensinou a notar as cores, e sua precedência sobre tudo, Marie-Laure Leblanc me tomou pela mão fazendo-me perceber o perfume de tudo o que tem cor, inclusive o cheiro da escuridão. Por duas crianças, unidas pela mesma guerra, aprendi a sensibilidade do tênue ligame entre vida e morte, sorriso e lágrima. Depois de imerso no mundo protagonizado pela ceifadora senhora morte através de páginas tão delicadas e despretensiosas, volto à realidade com uma certeza: o homem precisa ir além daquilo que vê, precisa amar! Antes de tudo, “Toda luz que não podemos ver” é um livro leve, mesmo carregando órfãos, nazistas, bombas e sangue. Mas também leva consigo uma sardentinha perspicaz, curiosa e so

Epifania do Senhor

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Sabemos que os magos vindos do oriente não eram três e nem eram reis. No entanto, temos a certeza que o itinerário dos magos, que procuravam o cumprimento da profecia e o motivo da grande estrela nos céus, é igual ao nosso itinerário: um caminho rumo à verdade, um ir até Deus. Três são as atitudes dos magos que nos inspiram e nos motivam à imitação: 1.        DESEJAR – Os magos não se dirigiram a Belém por caridade ou por devoção piedosa, mas movidos por um desejo. Desejavam a verdade, mesmo não sendo do povo de Israel ou não sendo crentes. Da mesma forma, dentro de nós habita um desejo de plenitude, um desejo do eterno, um desejo do infinito. Desejar a Deus é já descobri-lo, e se descobrimos uma presença, precisamos caminhar para ela! 2.        CAMINHAR – Sabemos bem que Deus não se esconde, mas sempre se deixa encontrar. No entanto, só é encontrado por aquele que deseja encontra-lo, buscando e esforçando-se. Nossa vida é caminhar, a exemplo dos homens do Oriente. Foram eles