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A glorificação da mediocridade

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“Ha-de vêr o milionario Brazileiro, com mil tretas, A contar, com sujas côres As lendas dos seus amores Com as suas trinta pretas.” Estes são versos de Camilo Castelo Branco que, ao apresentar os figurões da região do Palheiro, em Portugal, descreve o tipo brasileiro. É a visão que os estrangeiros tinham – e têm – do brasileiro. Infelizmente, não é uma impressão errada, mas somente evidencia uma característica que está encalacrada no caráter de boa parte dos filhos desta terra: a mediocridade. A mediocridade tem sido consagrada como um mérito do brasileiro. Já está fazendo parte da fisionomia cultural da nação e tida, além de normal, como algo a ser venerado. Ser medíocre é estar no meio, colocar-se no mesmo nível da média sem superá-la. O medíocre acomoda-se com o pouco: o pouco dever, a pouca honra, a pouca virtude. Para entender como o brasileiro é medíocre, basta perguntar quem são os protagonistas de nossa produção literária, ou melhor, quais foram os heróis n